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Marvel Comics

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre a editora de banda desenhada (quadrinhos) que usa este nome desde 1961. Para a série de revistas anterior, veja Marvel Mystery Comics.
Marvel Comics
Logo da Marvel desde 2024
Subsidiária da The Walt Disney Company (grupo Disney Publishing Worldwide)
AtividadeEditora
GêneroSuper-heróis
Ficção científica
Ação e aventura
Fundação1939 (como Timely Comics)
Fundador(es)Martin Goodman
SedeManhattan, Nova York
Estados Unidos
Proprietário(s)Disney Publishing Worldwide
Pessoas-chave
  • C. B. Cebulski (editor-chefe)
  • John Nee (editor)
ProdutosBanda desenhada, revistas, livros e filmes
WebsiteMarvel.com

A Marvel Comics é uma editora norte-americana de histórias em quadrinhos e de mídias relacionadas, situada em Nova York. Hoje, a Marvel Comics é considerada a maior editora de mídias do mundo. Em 2009, a The Walt Disney Company adquiriu a Marvel Entertainment, a empresa mãe da Marvel.

A empresa conta com diversos personagens bem conhecidos como: Homem-Aranha, Homem-Formiga, Capitão América, Capitã Marvel, Homem de Ferro, Punho de Ferro, Demolidor, Deadpool, Justiceiro, Feiticeira Escarlate, Viúva Negra, Jessica Jones, Luke Cage, Máquina de Combate, Pantera Negra, Gavião Arqueiro, Doutor Estranho, Shang-Chi, Motoqueiro Fantasma, Wolverine, Hulk, Thor, Visão, Falcão, Vespa, Blade, e suas equipes como: Vingadores, Defensores, Thunderbolts, Eternos, X-Men, A-Force, Quarteto Fantástico, Heróis de Aluguel, Guardiões da Galáxia, Agents of S.H.I.E.L.D., Jovens Vingadores, Manto e Adaga, Fugitivos, Inumanos dentre outros, e os antagonistas como: Thanos, Ultron, Venom, Duende Verde, Caveira Vermelha, Doutor Destino, Rei do Crime, Magneto, Mandarim, Galactus e Loki.

A Marvel Comics, anteriormente Marvel Comics Group, começou em 1939 como Timely Comics e no início da década de 1950, se tornou conhecida como Atlas Comics. A marca Marvel começou em 1961, ano em que a empresa lançou Quarteto Fantástico e outros títulos de super-heróis criados por Stan Lee, Jack Kirby, Steve Ditko e muitos outros. A Marvel também tinha uma editora chamada Epic Comics, criada em 1980, destinada para o público mais velho que a linha tradicional da Marvel, mas foi extinta em 1995 ou 1998 com sua última publicação. Em 1981, a Marvel comprou os estúdios de animação DePatie-FreLeng Enterprises, a empresa foi rebatizada de Marvel Productions Ltd. A Marvel também é proprietário dos selos Max criada em 2001, após a editora ter saído do Comics Code Authority e ter estabelecido o seu próprio sistema de revistas, e também é dona da Knights e da Icon Comics.

A maioria dos personagens fictícios da Marvel operam em uma única realidade conhecida como o Universo Marvel, com a maioria dos locais refletindo lugares da vida real; Muitos personagens principais são ambientados em Nova York, Estados Unidos.[1]

História

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Apache Kid nº19 (1956).

A Marvel Comics foi fundada por volta de 1930 e 1940 por Martin Goodman, com o nome de Timely Comics.[2] Goodman, um editor de revistas pulp[3] que começou a vender histórias de faroeste em 1933, expandiu suas atividades para um emergente e até então bastante popular mercado de revistas de histórias em quadrinhos originais.[4] Goodman começou a empresa na 330 West 42nd Street, New York City, New York. Ele detinha oficialmente os títulos de editor, editor-executivo e gerente de negócios, com Abraham Goodman ocupando oficialmente o cargo de publisher.[4] A primeira publicação ocorreu em 1939, com o número 1 da revista Marvel Comics, onde se deram as primeiras aparições do super-herói Tocha Humana e do anti-herói Namor, o Príncipe Submarino. A equipe por trás desse sucesso de vendas veio de uma outra editora, a Funnies, Inc., mas no ano seguinte, a própria equipe da editora ocupou este posto. Com a segunda edição, o título da série mudou para Marvel Mystery Comics.[5]

O primeiro editor de quadrinhos da Marvel, o também roteirista e desenhista Joe Simon, se juntou a Jack Kirby, para criar o primeiro herói patriota da história, o Capitão América, em Captain America Comics #1. (Março de 1941). Capitão América logo virou um sucesso, com uma circulação de quase um milhão. Portanto, nos anos 40 a Timely tornou-se muito conhecida.

Em 1939, Goodman contratou o primo de sua esposa,[6] Stanley Martin Lieber, como auxiliar geral de escritório.[7] Quando o editor Simons deixou a companhia no final de 1941, Goodman fez de Lieber - que escreveria sob o pseudônimo de "Stan Lee" - editor provisório da linha de quadrinhos, uma posição que Lee manteve durante décadas, exceto por três anos durante o serviço militar na II Guerra Mundial. Lee escreveu extensivamente para a Timely Comics, contribuindo para vários títulos diferentes.

O mercado americano de quadrinhos de super-heróis caiu no pós-guerra. A Editora de Goodman deixou de publicar a maior parte de suas obras anteriores, e expandiu-se para uma ampla variedade de gêneros que a Timely Comics ainda não havia publicado, com ênfase no gênero de horror, faroeste, humor, animais, crime, quadrinhos de guerra, e posteriormente, acrescentando uma porção de revistas da selva, títulos de romance e até mesmo espionagem, aventura medieval, histórias da Bíblia e esportes. Como outras editoras, Goodman também cortejou as leitoras com quadrinhos principalmente humorístico sobre modelos e mulheres famosas.

A estratégia de negócios do editor Martin Goodman envolvido com suas várias revistas publicadas por várias empresas que operavam a partir do mesmo escritório e com a mesma equipe.[3][8] Uma dessas empresas de fachada foi chamada de Marvel Comics. Algumas capas de revistas, como All Surprise Comics #12 (Inverno de 1946/1947), traziam a frase "A Marvel Magazine" (uma revista Marvel) muitos anos antes Goodman formalmente adotar o nome em 1961.[9]

Década de 1950

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Nos anos 50, a Marvel atravessou tempos difíceis, da mesma maneira que as outras editoras. Goodman começou a publicar sob o nome de Atlas, uma distribuidora de sua propriedade, em Novembro de 1951. Atlas, ao invés de inovar, seguia as tendências populares na televisão e no cinema - faroestes e dramas de guerra em vigor por um tempo, monstros de cinema drive-in em outro - e mesmo outras revistas em quadrinhos, especialmente a linha de terror da EC Comics.[10] A Atlas também publicou uma infinidade de títulos para crianças e humor adolescente, incluindo Homer the Happy Ghost de Dan DeCarlo (fantasma à la Gasparzinho) e Homer Hooper (adolescente à la Archie Andrews). A editora tentou, sem sucesso, ressuscitar seus super-heróis entre 1953 e 1954, como o Tocha Humana (arte de Syd Shores e Dick Ayers, alternadamente), Namor (quase todas histórias escritas e desenhadas por Bill Everett) e Capitão América (escritor Stan Lee e desenhada John Romita Sr.). A Atlas tinha no mínimo cinco escritores oficiais (chamados oficialmente de editores) além de Stan Lee: Hank Chapman, Paul S. Newman, Don Rico, Carl Wessler e o futuro cartunista da Revista MAD, Al Jaffee.

No final dos anos 50 e início dos 60, o sucesso inicial da DC Comics ao reviver o gênero de super-heróis nas histórias em quadrinhos (principalmente com a Liga da Justiça) fez com que a Marvel seguisse o mesmo caminho.[nota 1] Os principais expoentes desta época foram os seus empregados Stan Lee (edição e argumento) e Jack Kirby (arte), responsáveis pela criação do Quarteto Fantástico. A revista foi um enorme sucesso, o que levou a Marvel a publicar outros títulos de super-heróis, entre os quais se destacou a revista do personagem Homem-Aranha, criado por Stan Lee e Steve Ditko.

As histórias da Marvel distinguiam-se das demais pelo fato de que o universo em que se desenvolviam possuía características mais próximas da realidade, sendo muito mais humanizado. A Editora explorava a caracterização dos personagens, principalmente em problemas pessoais. Como no grupo X-Men, que surgiu originalmente para tratar-se sobre os preconceitos na época, ilustrados nos mutantes. No caso do Homem-Aranha, ele era um jovem herói com alguma falta de autoestima e muitos problemas mundanos, semelhantes ao de muitos adolescentes. O Demolidor era cego e enfrentava alguns problemas relacionados à sua deficiência física. Este novo olhar acabou por incentivar uma revolução nas histórias em quadrinhos (banda desenhada) estadunidenses com o passar do tempo.

Décadas de 1970 e 1980

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No início da década de 1970, uma série de novos diretores trabalharam para a empresa em mais uma época não favorável para esta indústria. No entanto, no final dessa década, a Marvel estava novamente com boa saúde, graças a novos números de HQ e principalmente pela renovação do título dos X-Men, arquitetado principalmente por Chris Claremont e John Byrne.

Na década de 1980, Jim Shooter era o diretor. Apesar da sua personalidade controversa, conseguiu eliminar alguns dos males da empresa - como a não publicação das revistas no prazo devido - e promover mais um renascimento criativo na Marvel, fazendo com que seus gibis tornassem-se ainda mais vendidos .

Em 1981, a Marvel comprou os estúdios de animação DePatie-Freleng Enterprises do famoso animador do desenho da A Pantera Cor-de-Rosa, Friz Freleng. A empresa foi rebatizada de Marvel Productions Ltd. e produziu séries de desenhos animados bastante conhecidas, como G.I. Joe, Transformers e Muppet Babies.

Em 1988, a Marvel foi comprada pelo investidor e empresário Ronald Perelman, que colocou a empresa na Bolsa de Nova Iorque e promoveu o aumento do número de títulos publicados. Entretanto, a empresa vendeu o seu catálogo de animação à Saban Entertainment e fechou permanentemente o estúdio de animação, optando por contratar terceiros para produzir seus projetos de animação.

Década de 1990

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A Marvel ganhou bastante dinheiro no início dos anos 90 devido ao boom das histórias em quadrinhos (desenhos) nos Estados Unidos, mas no meio da década enfrentou graves problemas financeiros, com acusações de que Perelman havia tirado todo o dinheiro da empresa em proveito próprio. Como consequência, a Marvel anunciou que o seu distribuidor exclusivo passaria a ser o Heroes World, que fez com que toda a indústria de distribuição de revistas de histórias em quadrinhos sofresse um grande abalo. A perda potencial da maior empresa da indústria, originou o encerramento das atividades da maioria dos distribuidores. No momento, existe apenas uma grande distribuidora de histórias em quadrinhos nos Estados Unidos: a Diamond Distribution. Muitos peritos julgam que esse fato causou um imenso dano à indústria das histórias em quadrinhos mundial.

No auge da crise, o investidor Carl Icahn tentou obter o controle da Marvel, mas após arrastadas batalhas jurídicas, o controle da empresa foi entregue em 1997 à Isaac Perlmutter, proprietário da Toy Biz, uma das empresas do grupo. Com o seu sócio Avi Arad e os seus nomeados (e controversos) editor Bill Jemas e diretor Joe Quesada, Perlmutter reergueu a Marvel. Além da revitalização das revistas da empresa, alguns dos direitos de seus personagens foram licenciados para estúdios cinematográficos como 20th Century Fox, Sony Pictures Entertainment e Universal Pictures para fazerem filmes baseados neles, alguns filmes foram um sucesso durante a década de 2000 como: Blade (1998), X-Men (2000), que se tornou uma série de filmes e spin-offs como filmes solo do Wolverine e Deadpool, Homem-Aranha (2002), que também abriu portas para uma série de filmes, Quarteto Fantástico (2005), Hulk (2003) e Venom (2018), que se tornou um universo compartilhado e spin-off da série de filmes Homem-Aranha chamado Universo Homem-Aranha da Sony.

Década de 2000

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Cosplayers fantasiados de personagens da Marvel (da esquerda para direita: Homem-Aranha, Demolidor, Ms. Marvel e Sr. Fantástico)

Em 2001, a Marvel Comics retirou-se da Comics Code Authority e estabeleceu o seu próprio sistema de classificação para as suas revistas.[11] Criou também novas linhas editoriais, incluindo uma destinada a adolescentes mais velhos (Marvel Knights) e outra a adultos: a (MAX). Outro fator marcante na história da Marvel no início do novo milênio foi sua parceria com Hollywood, que resultou em várias adaptações de sucesso, iniciadas com o filme do Homem-Aranha em 2002.[12]

Em 2006, a Marvel lançou uma megassaga intitulada Guerra Civil, onde a comunidade heroica viu-se dividida, devido a uma Lei de Registro de Super-Humanos.[13] Essa saga discutiu, de maneira profunda, vários fatores políticos e éticos, aumentando ainda mais a verossimilhança do Universo Marvel com o universo real. Neste mesmo ano a empresa criou sua própria enciclopédia wiki em seu website.[14]

Em 2007, a empresa inovou novamente, anunciando a Marvel Digital Comics Unlimited, um arquivo digital de cerca de 2.500 edições de histórias em quadrinhos antigas, disponíveis para leitura após o pagamento de uma pequena taxa mensal ou anual.[15]

Em 2008, a empresa começou a trabalhar em filmes de super-heróis que eles ainda tinham os direitos cinematográficos, começando com Homem de Ferro e O Incrível Hulk, ambos de 2008, distribuídos pela Paramount Pictures e a Universal Pictures. Sendo peças fundamentais para a formação da série de filmes e universo compartilhado chamado Universo Cinematográfico Marvel (UCM).

Em 2009, a Walt Disney Company comprou a Marvel Entertainment por 4 bilhões de dólares em dinheiro e ações.[16][17]

Década de 2010

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Após a compra da The Walt Disney Company, a Marvel Studios começou a desenvolver e lucrar com o Universo Cinematográfico Marvel, apenas durante a fase um de seu universo cinematográfico (Homem de Ferro, de 2008 - Os Vingadores, de 2012), a Marvel lucrou cerca de US$ 3,812 bilhões, salvando a empresa da falência que estava sofrendo desde os anos 1990.

A editora norte-americana apresentou em fevereiro de 2014 uma nova personagem de banda desenhada: a super-heroína Kamala Khan, uma pacata adolescente de Jersey, capaz de mudar de forma e que é muçulmana.[18]

Editores-chefes

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O editor-chefe supervisiona as decisões criativas de maior escala dentro da companhia. O cargo evoluiu lentamente. Nos primeiros anos, a empresa teve um único editor para supervisionar a linha inteira. Com o crescimento da companhia, tornou-se cada vez mais comum para os títulos que fossem inspecionados em separado. O conceito de "escritor-editor" evoluiu com Stan Lee, que escrevia e geria mais de uma linha de produção. Porém, enquanto Lee deteve grande poder dentro da empresa durante sua gestão, quando o editor Martin Goodman promoveu as mudanças na estrutura de sua empresa e os quadrinhos tornaram-se um divisão relativamente pequena, seus sucessores tiveram participações de escalas variáveis dentro da gestão corporativa.

A década de 70 foi marcada por uma grande quantidade de editores-chefe. Com grande rotatividade de nomes, parece que alguns foram nomeados como mera extensão de suas funções editoriais. Somente quando Jim Shooter assumiu em 1978, o cargo foi claramente definido.

Em 1994, a Marvel aboliu o cargo, substituindo Tom DeFalco por um grupo de 5 editores, que receberam cada um o título de editor-chefe, tendo outros editores subordinados a si. Porém, no mesmo ano, o cargo foi restaurado, sendo entregue a Bob Harras. Em 2000, Joe Quesada assumiu a sua posição.

Nos países lusófonos

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Marvel Comics em evento no Pentágono.

Os personagens da Marvel Comics têm sido, ao longo dos anos, apresentados nas publicações das mais diferentes editoras brasileiras e portuguesas. Em Abril de 1940, Namor estreia em Gibi Mensal 142 da RGE (atual Editora Globo) [20] (tornando errônea a comemoração de 40 anos da Marvel no Brasil, já que a mesma celebra 70 anos em 2009, contando os anos da Timely).[21][22] A partir de 1967 foram lançados pelo EBAL como estratégia de uma grande campanha publicitária da companhia Shell, que distribuía exemplares das revistas gratuitamente nos postos de gasolina. No filme brasileiro O Homem Nu (1968), produzido com parte do patrocínio obtido pela citada companhia, pode-se ver com destaque pôsteres com os 5 super-heróis Marvel do desenho animado de 1966, colocados em uma vitrine: Capitão América, Hulk, Thor, Namor e Homem de Ferro. No Brasil, os quadrinhos da Marvel são publicados atualmente pela editora Panini Comics e em Portugal pela Levoir e G Floy Studio.

Editoras brasileiras

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Editoras portuguesas

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  • Edimpresa (Período desconhecido)
  • Parilex (1971)
  • Agência Portuguesa de Revistas (1978-1981)
  • Distri Editora (1983)
  • Devir (1999-2005)
  • Levoir (2014-2018-presente)
  • G Floy Studio (2014-2018-presente)
  • Goody S/A (2017-2018)

Escritórios

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Localizada na cidade de Nova York, a Marvel teve sucessivas sedes:

Impressões

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Reinos da Disney

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A Marvel Worldwide com a Disney anunciou em outubro de 2013 que em janeiro de 2014 lançaria seu primeiro título de quadrinhos sob sua marca conjunta Disney Kingdoms, Seekers of the Weird, uma minissérie de cinco edições inspirada em uma atração nunca construída da Disneyland, o Museu do Estranho.[27] A editora Disney Kingdoms da Marvel lançou desde então adaptações em quadrinhos da Big Thunder Mountain Railroad,[28] Walt Disney's Enchanted Tiki Room,[29] The Haunted Mansion,[30] duas séries no Figment[31][32] baseadas em Journey Into Imagination.

Outras mídias

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Televisão

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Várias séries televisivas, tanto live-action como animadas, foram baseadas nos personagens da Marvel Comics, como Homem-Aranha, X-Men e Quarteto Fantástico. Os pioneiros foram a animação The Marvel Super Heroes, produzida pelo estúdio Grantray-Lawrence Animation, conhecida como desenhos desanimados por animação limitada geralmente tirando a arte dos quadrinhos,[33] e The Incredible Hulk, com Lou Ferrigno como o Hulk e Bill Bixby como seu alter-ego Dr. Banner.

Em meados dos anos 90, foram produzidas várias séries animadas de diversos personagens Marvel, todos pertencentes ao mesmo Universo Animado Marvel.

Após o estabelecimento da Marvel Studios, novos seriados com atores foram feitos em duas frentes. A companhia-irmã ABC transmite duas séries ligadas ao Universo Marvel Cinematográfico, Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. (seguindo um esquadrão da S.H.I.E.L.D. liderado pelo agente Phil Coulson, interpretado por Clark Gregg), e Marvel's Agent Carter (os primórdios da S.H.I.E.L.D. na década de 1940, sob a ótica de Peggy Carter, interpretada por Hayley Atwell), exibida em Portugal pelas emissoras FOX e SIC, e no Brasil pela Sony e a Rede Globo. Já o serviço online Netflix distribui séries mais realistas com heróis e anti-heróis baseados em Nova York, que se reunem no grupo Defensores. Formados por Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de ferro.

Muitos personagens Marvel foram adaptados para o cinema, principalmente a partir do final dos anos 90. O sucesso de franquias baseadas em nos personagens Blade, X-Men e Homem-Aranha levaram a Marvel a transformar seu estúdio Marvel Films em uma produtora autossuficiente, com distribuição da Paramount Pictures, cuja primeira produção foi Iron Man.

Existem vários jogos licenciados pela Marvel. Personagens e histórias da Marvel foram adaptados para várias plataformas de mídia de jogos eletrônicos. Algumas dessas adaptações foram produzidas pela Marvel Comics e sua empresa irmã, Marvel Studios, enquanto outras foram produzidas por empresas que licenciavam material da Marvel.

Em junho de 1993, a Marvel lançou suas tampas colecionáveis para o jogo de tampinhas de leite sob a marca Hero Caps.[34] Em 2014, a série de TV japonesa Marvel Disk Wars: The Avengers foi lançada junto com um jogo colecionável chamado Bachicombat, um jogo semelhante ao jogo de tampinhas de leite, pela Bandai.[35]

Jogos de cartas colecionáveis

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A indústria de RPG trouxe o desenvolvimento do jogo de cartas colecionáveis (CCG) no início da década de 1990, onde em breve os personagens da Marvel foram apresentados em CCGs próprios, começando em 1995 com o OverPower da Fleer (1995–1999). Mais tarde, outros jogos de cartas colecionáveis foram:

  • Marvel Superstars (2010–?) Upper Deck Company
  • ReCharge Collectible Card Game (2001–?) Marvel
  • Vs. Sistema (2004–2009, 2014) Upper Deck Company
  • Jogo de cartas colecionáveis ​​X-Men (2000–?) Wizards of the Coast
  • Marvel Champions: The Card Game (2019–presente) Fantasy Flight Games, um jogo de cartas vivo
  • Marve Snap (2022-presente) Second Dinner, um jogo eletrônico de cartas colecionáveis para celulares e PCs.

Interpretação de papéis

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A TSR publicou o jogo de interpretação de papéis de caneta e papel Marvel Super Heroes em 1984. A TSR lançou em 1998 o Marvel Super Heroes Adventure Game, que utilizava um sistema diferente, o sistema baseado em cartas SAGA, em comparação com seu primeiro jogo. Em 2003, a Marvel Publishing lançou seu próprio jogo de interpretação de papéis, o Marvel Universe Roleplaying Game, que utilizava um sistema de pool de pedras sem dados.[36] Em agosto de 2011, a Margaret Weis Productions anunciou que estava desenvolvendo um jogo de interpretação de papéis de mesa baseado no universo Marvel, com lançamento previsto para fevereiro de 2012, utilizando seu sistema Cortex Plus RPG.[37]

Jogos eletrônicos

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Os videogames baseados em personagens da Marvel datam de 1984 com o jogo para Atari 2600, Spider-Man. Desde então, vários e dezenas de jogos foram lançados, todos produzidos por licenciados externos. Em 2014, foi lançado Disney Infinity 2.0: Marvel Super Heroes, que trouxe personagens da Marvel para o já existente videogame em sandbox da Disney. No mesmo ano, a Kabam Games lançou um jogo de luta intitulada: Marvel Contest of Champions para Celulares, Arcade e uma versão para PC lançada em 2025. A Square Enix também lançou dois jogos da Marvel para consoles e PC, um jogo de RPG de ação intitulada Marvel's Avengers (2020)[38], que focava nos Vingadores e um jogo focado nos Guardiões da Galáxia, intitulada Marvel's Guardians of the Galaxy (2021),[39] que é um jogo de ação e aventura em terceira pessoa.

Notas

  1. A lenda apócrifa diz que, em 1961, Jack Liebowitz ou Irwin Donenfeld, da DC Comics (então conhecidas como National Periodicals Publications) <! - também conhecida com esse nome, é mencionado aqui porque Stan Lee diz "National Comics" em citação diretamente abaixo deste parágrafo -> se gabou do sucesso da DC com a Liga da Justiça (que estreou em The Brave and the Bold #28 [fevereiro de 1960] antes de passar para seu próprio título ) o editor Martin Goodman (cujas participações incluíam a nascente Marvel Comics) durante um jogo de golfe.

    No entanto, o produtor de cinema e pesquisador de quadrinhos Michael Uslan desmembrou parcialmente a história em uma carta publicada na revista Alter Ego # 43 (dezembro de 2004), pp. 43–44 Irwin disse que nunca jogou golfe com Goodman, então a história é falsa. Eu ouvi essa história mais de duas vezes enquanto estava sentado na lanchonete no escritório 909 Third Avenue e no 75 Rockefeller Plaza da DC, enquanto Sol Harrison e [o chefe de produção] Jack Adler conversavam com alguns de nós… que trabalhou para a DC durante os verões de nossa faculdade ... [A] maneira como ouvi a história de Sol foi que Goodman estava brincando com um dos chefes da Independent News, não da DC Comics (embora a DC possuísse a Independent News ) ... Como distribuidor da DC Comics, esse homem certamente conhecia todos os números de vendas e estava na melhor posição para contar esse boato a Goodman. ... Claro, Goodman gostaria de jogar golfe com esse sujeito e estar em suas boas graças. … Sol trabalhou em estreita colaboração com a alta gerência da Independent News ao longo de décadas e teria conseguido essa história diretamente de uma fonte confiável.

Referências

  1. Sanderson, Peter (20 de Novembro de 2007). The Marvel Comics Guide to New York City. Gallery Books.
  2. «DC versus Marvel - A comparison of Comic Book Publishers». BBC News. Consultado em 15 de setembro de 2010 
  3. a b Sérgio Codespoti (25 de fevereiro de 2013). «Ka-Zar, um dos personagens mais antigos da Marvel». Universo HQ 
  4. a b c Per statement of ownership, dated October 2, 1939, published in Marvel Mystery Comics #4 (February 1940), p. 40; reprinted in Marvel Masterworks: Golden Age Marvel Comics Volume 1 (Marvel Comics, 2004, ISBN 0-7851-1609-5), p. 239
  5. Shirrel Rhoades (2008). A complete history of American comic books. ISBN 9781433101076. [S.l.]: Peter Lang. 30 páginas. ISBN 1433101076 
  6. unpublished Martin Goodman biography by Joseph Lovece
  7. Simon, Joe, with Jim Simon. The Comic Book Makers (Crestwood/II Publications, 1990), p. 208. ISBN 1-887591-35-4
  8. Daniels, Les (1991). Marvel: Five Fabulous Decades of the World's Greatest Comics. Nova Iorque: Harry N. Abrams. 27, 32–33 p.
  9. Robert M. Overstreet (1989). Comic Book Price Guide. [S.l.]: Random House. pp. A–12. ISBN 9780876377918 
  10. Per Les Daniels in Marvel: Five Fabulous Decades of the World's Greatest Comics (Harry N. Abrams, New York, 1991) ISBN 0-8109-3821-9, pp. 67-68: "The success of EC had a definite influence on Marvel. As Stan Lee recalls, 'Martin Goodman would say, "Stan, let's do a different kind of book," and it was usually based on how the competition was doing. When we found that EC's horror books were doing well, for instance, we published a lot of horror books'".
  11. «Marvel rompe com o Código de Ética». Universo HQ. 25 de maio de 2001. Consultado em 15 de maio de 2010 
  12. «Box Office Moho: Marvel Comics» 
  13. «Guerra Civil - Guia de Leitura». Panini Comics 
  14. «Marvel Universe wiki» 
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  16. Goldman, David. «Disney to buy Marvel for $4 billion». CNNMoney. Consultado em 14 de setembro de 2010 
  17. Barnes, Brooks; Cieply, Michael. «Disney Swoops Into Action, Buying Marvel for $4 Billion». New York Times. Consultado em 14 de setembro de 2010 
  18. Marvel lança em 2014 super-heroína muçulmana, Diário de Notícias
  19. «Marvel anuncia novo Editor-Chefe». IGN Brasil. 18 de novembro de 2017 
  20. «Título ainda não informado (favor adicionar)». Arquivado do original em 2 de junho de 2012 
  21. «Marvel Comics comemora seus 70 anos». Arquivado do original em 26 de janeiro de 2009 
  22. A breve história do Novo Universo
  23. a b c d e f g Sanderson, Peter. The Marvel Comics Guide to New York City Arquivado em 2016-06-30 no Wayback Machine, (Pocket Books, 2007) p. 59. ISBN 978-1-4165-3141-8
  24. «Marvel to move to new, 60,000-square-foot offices in October». Comic Book Resources. 21 de setembro de 2010. Consultado em 24 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 24 de outubro de 2010 
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Bibliografia

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Ligações externas

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O Wikiquote tem citações relacionadas a Marvel Comics.

Séries de animação da Marvel Comics Séries de televisão da Marvel Comics